Muitos equipamentos industriais trabalham em ambientes úmidos ou até mesmo com contato direto com a água. Portanto este contato além de poder enferrujar as peças das máquinas, pode entrar em contato com a graxa e alterar suas propriedades como o poder de lubrificação. Por este motivo para uma aplicação úmida, o ideal é selecionar uma graxa para ambiente úmido e com água que suporte tal aplicação. Neste artigo iremos falar mais sobre como escolher a graxa ideal para sua aplicação aumentando assim a vida útil de seu equipamento.
Introdução
Agua é um dos contaminantes mais comuns de se encontrar na indústria. Então alguns mercados como siderúrgicas, empresas de papel e celulose, mineradoras entre outros que trabalham com os equipamentos ao ar livre ou com água em seu processo sofrem bastante. Algumas destas aplicações, o problema não é apenas em relação a água da chuva ou de processo, mas também as constantes lavagens dos equipamentos como para o mercado alimentício. Este contato com a água pode criar falhas prematuras do equipamento.
A contaminação da água geralmente altera significativamente as propriedades reológicas e químicas da graxa e leva à falha acelerada do equipamento por meio da intensificação da corrosão, oxidação e separação do óleo. Concentrações tão baixas quanto 0,01% podem produzir mudanças significativas no desempenho da lubrificação – e, portanto – na vida de fadiga de um rolamento.
Formulação da graxa
Ao contrário do caso do óleo e da água – onde uma quantidade muito pequena de água pode ser absorvida, a graxa é capaz de absorver uma quantidade considerável de água em grande parte devido à natureza do espessante e dos aditivos.
Estudos recentes apontam que o óleo base pode ser um fator importante em graxas para seu desempenho para uma graxa contaminada com água. Portanto graxas nas quais a base do óleo seja sintético como a polialfaolefina (PAO), possuem um poder melhor de trabalho do que com base mineral.
Espessantes ou sabão é um elemento adicionado a graxa que tem como principal característica unir todos os elementos da graxa. Este componente pode apresentar a graxa algumas características como não deixar a graxa se separar com alta pressão ou temperatura e resistir a degradação da graxa por oxidação ou resistência a água.
Espessante | Resistência a água |
Sódio | Fraco |
Cálcio | Bom |
Complexo de cálcio | Médio |
Lítio | Bom |
Compléxo de lítio | Bom |
Alumínio | Bom |
Complexo de alumínio | Bom |
Bentonita | Médio |
Poliuréia | Bom |
Conforme a tabela acima, as graxas com espessantes como cálcio, complexo de cálcio, alumínio, complexo de alumínio ou sulfoneto de cálcio tem a tendência de suportar melhor o trabalho com água do que graxas de sódio ou bentonita.
Aplicação
A aplicação do produto é um ponto importante para a seleção da graxa. Conforme dito em artigos anteriores, aplicações nas quais se tem velocidade mais alta se utiliza viscosidades mais baixas enquanto para velocidades mais altas, viscosidades mais altas.
Graxa mineral | graxa sintética | |
Alta velocidade | 1552 | Synxtreme HD |
Média velocidade | 1242 | Synxtreme HD/220 |
Baixa velocidade | 1444 | Synxtreme HD/460 |
Graxa mineral | Alta velocidade | |
Alta velocidade | FGL | Synxtreme FG |
Média velocidade | Pure Tac Light | Synxtreme FG/220 |
Baixa velocidade | Pure tac | Synxtreme FG/460 |
Portanto estes produtos sugeridos acima para as aplicações são exemplos de graxa para ambiente úmido e com água. Para mais dúvidas, entre em contato conosco.
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